Sinto a cabeça pesada
A luz cinzenta e mórbida que atravessa a janela turva-me a visão
Não estou lá nem cá
O ar torna-se mais e mais espesso a cada inspiração... o peito solidifica
Este silêncio tão violentamente e agressivamente calmo incomoda-me
Um estranho formigueiro lambe-me o corpo
Não chove
Ao menos se chovesse...
E sempre este tédio claustrofóbico
E sempre constante e igual
E sempre esta tarde que acaba sempre tarde demais
E sempre...
Ao menos se chovesse...